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A intuição pe(r)dida na parentalidade

  • Ana Monteiro
  • 8 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura


O processo intuitivo é uma excelente ferramenta que todos os cuidadores podem ter. Infelizmente muitos pais têm dificuldade por um lado, em sentir essa intuição e por outro, em coloca-la em prática. Há sempre um amigo à distância de uma chamada, há sempre a avó que tem mais experiência e por fim, talvez o elemento mais importante, a insegurança e a incerteza. Sentimos, inevitavelmente, que em alguma altura podemos falhar e queremos evita-lo. É interessante reparar que muitas são as vezes que, ouvido o conselho de um familiar próximo, a decisão tomada é diferente e tirando algumas excepções, é aquela que inicialmente se pensou. Poderá contra-argumentar, “mas muitas vezes não foi a melhor decisão!”, dar-lhe-ei razão, mas esse é sempre o mote de mudança e de afinação da intuição. Ela só existe, quando se sente o desconforto do insucesso de uma decisão tomada… Ignorar o sexto sentido de mãe, cuidador, é retirar o afecto da relação, é seguir regras e conselhos em “piloto automático” sem se deixar envolver, no caldo mágico que é a relação com um filho.


O que constrói essa relação, e permite que se fortaleça sob alicerces bem seguros, é a espontaneidade sem freio nem receio. É a entrega, na certeza de que será sempre o melhor que sabe e sente. A parentalidade é a viagem mais rica e transformadora a que se propôs. É a mais exigente mas a mais fascinante, a que tem a força de construir pessoas. As que um dia estarão a cuidar do nosso planeta nas suas mais variadas vertentes.


Considero que ser mãe e pai é a tarefa de maior responsabilidade que temos, certamente muito mais relevante do que aquelas que estão escritas em papel quando chegamos ao escritório. Esta está escrita com a linguagem do afecto, do comprometimento e da entrega. Por isso, dê espaço à sua intuição na parentalidade!



 
 
 

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