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Em que momento achamos que a melhor opção seria o silêncio?

  • Ana Monteiro
  • 29 de jul. de 2021
  • 1 min de leitura


Aprisionar as angústias e as mágoas e torná-las invisíveis aos olhos dos outros não as minimizam nem as resolvem; pelo contrário só permite que cavem um fosso interminável entre nós e tudo aquilo que nos rodeia.

E todos os dias permitimos que as sombras invadam o nosso espaço até ao dia em que se tornam demasiado desconfortáveis, porque não há uma fresta de luz que nos alimente a esperança.

Este tem sido um motivo recorrente de procura de consulta psicológica. A solidão. Ainda que de forma inconsciente porque a palavra não é dita, o sentimento é descrito na perfeição.

Porque não há espaço e tempo para a partilha; porque os outros não têm de acolher os nossos sentimentos negativos; porque não queremos discussão e receamos a rejeição… mas o que realmente sentimos é que estamos sós; que a nossa voz não é passível de um diálogo e que apenas teremos ao nosso alcance o pensamento, que inevitavelmente confirma os nossos medos e retrai a nossa iniciativa.

Repetimos padrões relacionais que a nossa intuição já nos confirmou abafarem a nossa verdade e luz pessoal. E dia após dia o desamparo conquista o sonho de melhores momentos.

Se este é o seu sentimento dou-lhe um conselho, respire fundo, encha o seu coração de coragem e fale abertamente das suas sombras. O objectivo não é eliminá-las mas aprender a iluminá-las sempre que seja necessário.



 
 
 

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