Mudança
- Ana Monteiro
- 9 de jan. de 2022
- 1 min de leitura

Um objectivo frequente; a mudança! Inúmeras vezes em consulta partilhamos isso mesmo:
“Eu sei como quero ser, só não sei como lá chegar! Eu quero mudar!”
Há duas questões que acho pertinente abordarmos. Por um lado, o que o trava e por outro a importância dada ao objectivo final e não ao processo.
O que o condiciona?
Recorde-se que somos seres de rotinas e encontramos conforto no conhecido. Pode parecer-lhe estranho mas frequentemente ficamos reféns de emoções. Conhecemo-nos demasiado bem no medo ou na tristeza para que nos aventuremos em novas emoções e sentimentos. Por vezes, até nos surpreendemos com comportamentos de dependência face a este sentir.
“Eu já só sei ser esta pessoa triste/ansiosa/impulsiva”. E a dada altura tomamos consciência que nos alimentamos do medo ou da tristeza porque a nossa perspectiva é já condicionada por este filtro que nos acompanha.
Este é o primeiro passo. Perceber de que emoções, no momento presente, me faço acompanhar e alimento diariamente.
O segundo passo terá inevitavelmente de passar por se desafiar e experienciar o desconhecido. Nesta altura, por vezes, precisamos de alguém que nos auxilie numa diferente perspectiva. E não pode haver lugar à análise. É permitir-se fazer e sentir o que a intuição lhe diz no momento presente.
O terceiro e último passo prende-se pelo entusiasmo que esta nova forma de viver no aqui e no agora lhe irá proporcionar.
Não deixe de validar todo o seu esforço e simplesmente permita-se contemplar o caminho percorrido e as suas transformações.
Irá perceber que aquilo que mais o moveu e cativou foi o processo pelo qual passou e não o objectivo final. Será a forma como se desafiou a cada momento que o irá encantar.

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