Pensamentos negativos e repetitivos

Os processos introspectivos são uma ótima ferramenta mas por vezes transformam-se num labirinto sem saída, quando os pensamentos se tornam ruminativos e o resultado é um cansaço extremo que exige um esforço considerável para se dissipar.

Ao invés de se confundir com os seus pensamentos tenha uma atitude de contemplação.

Partindo da premissa que não somos os nossos pensamentos mas sim o elemento que os escuta, sugiro-lhe que se permita ouvi-los. Analise a sua cadência e intensidade. Mas recorde-se de que enquanto espectador não está permeável ao impacto das emoções. Ao contemplá-los conquista um distanciamento emocional que lhe permite aceder à sua essência e perceber a sua origem.

Dou-lhe um exemplo:

Quando estamos muito reativos ao comportamento dos outros achamos que eles são profundamente injustos, ficamos tristes e dissecamos exaustivamente a sua intenção. O resultado é uma atitude defensiva. Veja como assumimos a identidade do nosso pensamento.

Por outro lado, se contemplarmos e escutarmos o pensamento podemos perceber que provavelmente estamos muito carentes e a precisar do cuidado do outro. O resultado é uma atitude de abertura. Veja como assume a sua identidade porque se permitiu aceder ao processo emocional envolvido.

Quando sentir que o seu pensamento o tornou refém, não se esforce para o silenciar. Escute-o!